Das drogas ao álcool, dos jogos de vídeo ao trabalho, da televisão à internet... todos os aditivos são possíveis.
"A única força vital que não se pode parar, é o pensamento." Rafael, oito anos e meio.
Então, quando não se pode parar de pensar, quando o turbilhão é insuportável, quando se tem a impressão que a cabeça vai explodir e que todas essas ideias, todos esses pensamentos se desdobram em questionamentos infinitos, as tristeza opacas, o embrutecimento de uma atividade que pode absorver totalmente o pensamento, exterminar a agitação cerebral infernal, torna-se a única solução... vital! Mas a deriva aditiva é dissimulada: apaziguadora um certo tempo, é ela que se torna angustiante... Ela chega a tranquilizar certo pais preocupados com seu adolescente submetido à sua tela. Eu explico o alívo que isto pode representar para o sobredotado, após uma jornada de escola, evadir-se num mundo onde se pode ser o herói. Reencontrar uma toda-força é tão repousante. De uma certa maneira, é um ansiolítico que o adolescente utiliza espontaneamente para acalmar suas angústias. Um pouco, é bom e útil. Muito, é claro, vai se tornar uma armadilha. Mas sabe você que o trabalho pode ter as mesmas virtudes e comporta os mesmos riscos? Consagrar o mais claro de sua vida à sua atividade profissional é uma luta contra a ansiedade. O risco? Quando as angústias ressurgem brutalmente.