quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

De 7 a 77 anos...

O que se sabe do futuro do adulto sobredotado?
Um pouco de tudo e seu contrário numa divertida mistura de gêneros: os que cresceram em pleno conhecimento de suas particularidades e que foram acompanhados, os que foram diagnosticados quando crianças e que foram maltratados, os que descobriram o diagnóstico através do diagnóstico de seus filhos, os que fizeram uma tentativa pessoal, mas também os que conseguiram êxito profissionalmente, socialmente, afetivamente, e os que têm o sentimento de ter passado ao lado de sua vida...
Em exemplo célebre, os cupins. Nada a ver com o animal! É o nome dado ao mais conhecido dos estudos americanos, conduzidos pelo psicólogo Lewis Terman, que estudou uma população de várias centenas de sobredotados da infância à grande idade. A maior parte das crianças incluídas no estudo de Terman eram bons alunos selecionados pelos professores, o que induziu então a um real desvio de recrutamento: as crianças já tinham encontrado boas estratégias de adaptação... E, efetivamente, quando se os encontra na idade adulta, eles têm situações profissionais de um nível elevado e eles construíram biografias de famílias equilibradas. Voltamos ingenuamente ao adágio popular: melhor vale ser rico, inteligente e em boa saúde que pobre, doente e idiota.. Um pouco simplista tudo isso!
Na França, uma observação concluída... a mesma coisa, mesmo se se trata de uma amostra microscópica (3). Trataria de avaliar a 'satisfação de vida' dos aposentados sobredotados. E eles estão bem mais satisfeitos que a média!
Um outro estudo francês sobre uma população mais importante confirma a correlação entre as funções cognitivas elevadas e um alto nível de satisfação de vida com um envelhecimento realizado. Ouf, diante disso já se ganhou, o sobredotado seria um 'velho' feliz.
Eu digo bem 'seria', pois não se pode colocar os resultados senão em perspectiva do percurso da vida. Mas se pode também pensar que mais se avança em idade, mais se desenvolve a capacidade de 'fazer a parte das coisas' e de recolocar seu lugar nos valores essenciais. Leva-se em conta finalmente que são estes que são os únicos válidos e que todas as pequenas contrariedades não merecem de nós desperdiçar a vida. Não é isto que se chama sabedoria?