A empatia, esta capacidade de perceber as emoções dos outros, é uma competência que, se ela pode por vezes fazer sofrer, abre-se a grandes e belas possibilidades.
Na relação, primeiramente. Captar o estado emocional do outro permite se harmonizar. Pode-se então avaliar a abertura de nosso discurso, o impacto de nossa presença, a incidência de nosso comportamento. E se ajustar. Quando não se desfruta da capacidade de empatia, fica-se geralmente "fora do assunto". Não se compreende uma situação senão a face exposta, e toda a sutileza nos escapa. Uma personalidade empática é aquela a que se ama confiar. Aquela que nos compreende por meia palavra. Aquela que vibra no mesmo tempo.
"Quando me falam, eu tenho a impressão de me sentir 'embaixo' do discurso. Eu devo sempre interrogar-me: - Será que eu respondo ao que se me diz ou ao que eu sinto? " Sandra traduz claramente o impacto da empatia na comunicação. Com suas armadilhas e seus trunfos.
>> Ser empático é ser simpático.
Quantos sobredotados são os confidentes designados? Quantos são aqueles a quem se virá a pedir ajuda, assistência, conselho para regrar mil e uma pequenas coisas da vida? É ao sobredotado que incumbirá mais frequentemente os 'pequenos arranjos entre amigos'. Pode-se contar com ele. Você pode então contar com esta competência emocional, vossa empatia natural, para ser amado e apreciado pelos outros.
>> Ser empático é uma capacidade de adaptação desejável.
A empatia é um trunfo para se ajustar em numerosas situações da vida e para antecipar a resposta melhor adaptada. No meio profissional, você compreenderá instintivamente que não é o dia para pedir um aumento pois você percebe a cólera ou a tristeza de seu chefe: numa negociação, você saberá adaptar seu discurso segundo a tonalidade emocional de seu interlocutor: numa relação comercial você saberá captar as variações emocionais de seu cliente potencial que vos permitirá reagir com argumentos convincentes... nos casais, é a empatia que é a melhor aliada para responder às expectativas, às necessidades do outro. Mesmo quando nada foi dito. É a empatia que cria esta cumplicidade muda, cimento de uma relação completa.
>> A empatia, a qualidade dos psicólogos?
Alice Miller, no seu livro notável O futuro do drama da criança dotada, diz que as crianças dotadas foram geralmente crianças terapeutas de seus pais. Eles chegam a decodificar e compreender do que os pais teriam necessidade para lhes satisfazer nos seus atos e seus comportamentos. Preenchendo as faltas afetivas de seus pais, a criança dotada torna-se expert para decodificar os sentimentos dos outros e isto lhe interessa pois isto sempre constitui para ela um "modo de ser". Então, adulta, ela se tornará... psicólogo! Alice Miller que o diz.
Poder compreender e aproximar o sentido do mundo e o funcionamento do homem com uma tal capacidade de empatia não é em efeito o perfil ideal para um psicólogo? Em torno de mim, eu conhecia muito dos psicólogos certamente sobredotados, mas que, mais frequentemente, não queriam o reconhecer. Como se o fato de ser sobredotado retirasse seu mérito profissional e pessoal.
Na minha prática clínica, eu tenho frequentemente encontrado adolescentes sobredotados que pensavam nessa profissão. Alguns já estão engajados. Eu prometi lhes propor uma colaboração no final de seus estudos. Eu tinha meus engajamentos! Eles serão psicólogos excepcionais... e talvez eu lhes pediria ser seu paciente! É verdade! Eu tenho uma real confiança nas suas capacidades de escuta, de empatia e sobretudo de síntese criativa para permitir-me acessar novas vias em mim que eu jamais explorei!